quinta-feira, 2 de setembro de 2010

WEBER E DURKHEIM

Em uma breve comparação dos dois autores, começaremos pelo fato de ambos pertencerem a escolas sociológicas diferentes, de uma lado a sociologia Alemã de Weber nascente numa efervescência filosófica da sociedade Alemã, pautada principalmente no Historicismo e interacionismo, Enquanto Durkheim pensa a sociologia a partir dos conceitos racionalistas e positivistas da sociedade Anglo-Francesa.

Como Durkheim era um positivista, acreditava assim que a sociologia como ciência poderia responder todos as questões da sociedade, através de um método bem elaborado e pautado nas ciências naturais. Para Weber a impessoalidade do pesquisador interferia na pesquisa, Weber reconhecia que era impossível fazer uma pesquisa sociológica com neutralidade.

Mais a diferença fundamental para entendermos a diferença do pensamento dos autores é que: Weber entende a sociedade algo inacabado, e furto da interação interminável dos indivíduos (indivíduos como seres individuais, características especificas) passando assim total responsabilidade ao individuo do que acontece com a sociedade. Para Durkheim a Sociedade é algo pronto e acabado, ordenado, e que consecutivamente exerce toda a sua força para transformar o Sujeito (alguém que está sujeito a algo, submisso a uma ordem), transformando nós em exclusivamente fruto do meio.


sábado, 14 de agosto de 2010

Antropologia - introdução

A antropologia é a ciência que visa estudar o comportamento do homem em sociedade, e nasce junto com a colonização, período no qual os Europeus se aventuraram mar a dentro em busca de explorar outros povos, sejam eles na America, África ou Oceania.

Estes povos serão os primeiros objetos de estudo da antropologia, a partir de uma visão evolucionista, ou seja, na visão européia estes povos ocupavam um lugar abaixo na evolução e começam a considerá-los como seres inferiores por não possuírem o mesmo grau tecnológico dos povos europeus, esta posição tomada pelo colonizador chamou de etnocentrismo. O evolucionismo na antropologia entende as sociedades como comportadas em diferentes graus de evolução, legitimando que uma sociedade deveria intervir em outra para “ajudar” a mesma a evoluir.

No inicio os Antropólogos viviam trancafiados em seus gabinetes, não tinha nenhum contato com o objeto de estudo (os nativos de sociedades distantes), a não ser o que os colonizadores lhe mandavam, por cartas e desenhos que descrevia a cultura e modo de vida dos nativos, estes antropólogos eram chamados de antropólogos de Gabinete.

A partir da escola funcionalista fundamentada nos estudos do polonês Bronislaw Malinowiski nas ilhas trobliands, a antropologia ganha uma caráter mais cientifico.

Ações Afirmativas

As “ações afirmativas” são ações do governo, que têm por objetivo diminuir desigualdades historicamente criadas. Nos últimos tempos, têm sido propostos, no Congresso Nacional, diversos projetos de lei visando à introdução, no Direito brasileiro, de algumas modalidades de “ação afirmativa”. Ações essas que tem como uma das mais notórias as conhecidas cotas raciais.

Buscam mitigar a flagrante desigualdade brasileira atacando-a naquilo que para muitos constitui a sua causa primordial, isto é, o nosso segregador sistema educacional, que tradicionalmente, por diversos mecanismos, sempre reservou aos negros e pobres em geral uma educação de inferior qualidade, dedicando o essencial dos recursos materiais, humanos e financeiros voltados à educação de todos os brasileiros, a um pequeno contingente da população que detém a hegemonia política, econômica e social no País, isto é, a elite branca.

O debate sobre o assunto ganhou uma proporção imensa, onde grupos afirmam pertencer a um grupo ou não, ou seja, o reconhecimento e a aceitação do fato “ser negro” e não mais “ser mulato” ou “ser moreno” aumentou, visando as vantagens das cotas.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Platão e Maquiavel

O italiano Nicolau Maquiavel, autor de o príncipe(1513), é considerado o primeiro teórico sobre o poder pautado em uma forma ética fora dos padrões cristãos, e mantendo uma crítica a Platão, que acreditava que o poder deveria está na mão de um rei filosofo, ou seja, um único homem que seria ético o suficiente para manter o bom funcionamento da comunidade.

Maquiavel pensa que, os conceitos de bom e mal não servem para a política, tudo isso é uma construção humana histórica, a prática política não deve ser pautada no bem ou no mal, e sim na boa governabilidade, no bem estar comum e na manutenção do poder. Esta forma de poder o autor chama de república (termo também usado por Platão), seria uma forma de poder pura, onde o mesmo poderia está na mão de um ou de varias pessoas. O autor concorda com Platão quando diz que concorda que um único indivíduo bem intencionado seria o melhor governante, no entanto, o que os dois autores querem dizer com “bem intencionado” são duas coisas diferentes. O individuo bem intencionado detentor do poder seria o ‘déspota esclarecido’, que para Platão seria o rei filosofo preocupado com o bem estar e a promoção do bem. Em Maquiavel o déspota é o príncipe, preocupado com uma boa governabilidade e na manutenção da ordem e do poder.

Formas de Governo segundo Maquiavel

Formas

Pura

Impura

Um

Monarquia

Tirania

Poucos

Oligarquia

Aristocracia

Vários

Democracia

Politéia

Quanto as formas de poder, a republica seria a forma mais perfeita para ambos, mas a visão de mundo sobre as formas de pdoer dos autores são diferentes, Maquiavel faz a diferenciação de formas puras e impuras

§ Pura: Governar para o bem Geral;

§ Impura: Governar para o bem individual ou um grupo;

Maquiavel não faz distinção dessas formas de poder quantoa ser melhor ou pior, o mesmo só aconselha que em momentos diferentes exista o uso das formas.

Platão pensa as formas de poder de uma forma hierárquica, da mais nociva a melhor forma:

No livro IX da republica, o autor descreve as transformações que as formas de governo podem sofrer e recapitular as regras do estado, onde os governantes, assim como os soldados e atletas, possuirão tudo em comum (mulheres, filhos, casas e educação).

A forma ideal de governo é a aristocracia , comandada por aqueles que amam o saber, o bem e o justo. Mas, se tudo o que nasce está sujeito à corrupção, nem uma constituição como essa permanecerá para sempre, há de dissolver-se. O amor à justiça é substituído pelo amor ao poder e à riqueza; assim, ocorrerá a Timocracia, “uma forma de governo entre a aristocracia e a oligarquia” (Sócrates). A esta sucede a oligarquia, governo dos que amam o dinheiro Ao legislar em favor só de uma classe, a dos ricos, esta forma de governo causará a cisão do Estado: “É que um Estado desses não é um só, mas dois... o dos pobres e o dos ricos, que habitam no mesmo lugar e estão sempre a conspirar uns contra os outros” Termina o amor à virtude. O Estado entra em luta consigo mesmo: um partido de poucos muito ricos e outro de muitos pobres estarão em guerra, prevalecendo o último: “A democracia surge... quando após a vitória dos pobres, estes matam uns, expulsam outros, e partilham igualmente... o governo e as magistraturas, e esses cargos são, na maior parte, tirados à sorte. Tendo a liberdade por base, na democracia ocorrerá a ausência de qualquer exigência e o desprezo pelos princípios. A democracia conduz à anarquia: “Estas são as vantagens da democracia: uma forma aprazível, anárquica, variegada, e que reparte a sua igualdade do mesmo modo pelo que é igual e pelo que é desigual”(Platão). Ao exasperar a liberdade como bem supremo, “eliminam-se até as diferenças impostas pela natureza e, assim, a liberdade em excesso não conduz a mais nada que não seja a escravatura em excesso, quer para o indivíduo, quer para o Estado”. E dessa forma surge a Tirania: do cúmulo da liberdade surge a mais completa e mais selvagem das escravaturas. Primeiro, instaura-se a anarquia, e dessa situação aproveita-se o tirano que, de pretenso defensor da ordem, transforma-se em lobo, impondo a força sobre todos. É o reino da injustiça.

Beethoven Simplício

Hobbes

Hobbes foi um dos principais filósofos inglês, e escreveu um dos maiores tratados políticos de todos os tempos o leviatã (1651) baseado na lenda do grande monstro homônimo.

O Leviatã é uma criatura imaginária, geralmente de grandes proporções, bastante comum no imaginário dos navegantes europeus da Idade média e moderna. O monstro era o governante de uma parcela de água onde nenhum navegante poderia entrar, a criatura era a mantedora da paz entre os peixes de seu território, no entanto era temida, pois reprimia toda forma de invasão dos barcos e toda forma de ameaça dos peixes maiores ao seu poder.

Hobbes pensa que o estado deve ter o comportamento do Leviatã, reprimir toda forma de ameaça ao seu poder, manter a segurança dos seus, reprimir a liberdade e manter-se sempre contra os invasores.

Hobbes foi um dos grandes influenciadores do iluminismo e a sobre o seu pensamento é importante observarmos o paradoxo de importância entre a segurança e a liberdade, entre a tirania e a anarquia.

Beethoven Simplício

Hierarquia e Dominação

Dentro de todas as sociedades, sejam elas micro ou macros, é inevitável não depararmos com diferenças existentes entre as categorias de indivíduos, sejam elas diferenças de gênero, sejam elas diferenças de geração. Mais uma terceira diferença social está ligada ao local hierárquico que o individuo ocupa na sociedade.

As posições hierárquicas refletem o status que o individuo está inserido numa divisão social, ora ele está no poder, ora está fora do mesmo. A hierarquia em um contexto macro-social na visão de uma sociedade cristã, ocidental, capitalista, está pautada principalmente na diferença de classes, onde o poder está com uma classe previlagiada economicamente, ou seja, a burguesia detentora dos meios de produção, e o proletariado que está ligado ao status de dominado, ou seja, o trabalhador assalariado. Pela ordem, essa divisão gera uma divisão social pautada numa lógica onde há um grupo dominador e um grupo dominado.

Dominador se diz daquele que em determinado momento exerce um comando sobre o outro individuo, que pode ser físico, legal, tradicional ou ideológico, este segundo individuo seria o dominado.

A dominação, ela não está ligada só e unicamente a divisão de classes, mas também nas divisões citadas no começo do texto: gênero e geração. Como bem sabemos, vivemos em uma sociedade machista, onde a mulher é desacreditada no sentido de exerce certa atividade dita de sua incapacidade, como cargos públicos no executivo ou serviços tradicionalmente masculinos como mecânica de automóveis ou carpintaria. Também sabemos que vivemos em uma sociedade cristã onde o pensamento cristão: Crescei-vos e multiplicai-vos (Genesis 1,22) é base para a satanização do sodomismo, (considera os homossexuais como indivíduos pecadores). Pautado nisso podemos refletir que o homem e o heterossexual estão no topo da dominação, em contra partida a mulher e o homossexual na outra extremidade do processo.

A mesma coisa acontece com as gerações, pensa-se pela experiência e pelo grau de inserção na cultura vigente que a geração mais antiga está na parte de cima da dominação, enquanto que o status dominado pertence a uma geração mais jovem, ou seja, menos experiente.

Ao contrário que possa parecer, o dominado não é somente só a única vitima da dominação, o dominador está preso a inevitável pressão de se estabelecer como dominador. O sociólogo Pierre Bordieu(1930 -2002), em seu livro A dominação masculina (1998), demonstra como o homem (dominador segundo a nossa sociedade machista) também é vitima da dominação. Se bem analisarmos, o caso da dominação masculina, dominador e dominado são vitimas da dominação. O homem por sua vez sente-se obrigado a fazer jus a sua posição, praticas como o cavalheirismo ou o fato de ser viril se torna muitas vezes essenciais.

Bordieu também coloca em seu trabalho o valor simbólico intrínseco na dominação masculina, basta observar as formas de educação e comportamento de homens e mulheres, a forma de se sentar ou de se vestir.

Estas formas sutis de dominação o autor vai chamar de Violência Simbólica, ou seja, não perceptíveis tão facilmente e fora da intenção direta do individuo.

Beethoven Simplício

terça-feira, 4 de maio de 2010

Gerações

Já parou pra pensar que quando nascemos tudo já estava pronto? Da roupa que iríamos usar nos primeiros dias de vida ao leite materno ou a religião que iríamos seguir, ou que queriam que seguisse. Tudo isso só é possível por conta das gerações que existiam antes de nós, não somente nossos pais e nossos avôs, mas todos os que constroem nossa cultura a milhares de anos.

Quando nascemos, começamos a ser inseridos dentro de uma cultura, aprendemos onde devemos realizar nossas necessidades fisiológicas, aprendemos um idioma, aprendemos que devemos brincar com bonecas ou carrinhos, aprendemos que temos hora de dormir, brincar, estudar e etc.... No entanto não perguntaram a nós se queríamos aprender isso ou não.

Por conta disso, surge um conflito de gerações. Para que entendemos melhor o que seria o conflito de gerações, primeiro gostaria de tratar da definição de termos, como “Adolescência” e “Juventude”. O termo adolescência tem referencia na psicológica, e se diz de uma fase da vida do individuo, já o termo juventude faz referência a possibilidade de se estudar sociologicamente a partir de padrões de comportamentos típicos de um grupo social, normalmente ligado a adolescência. Os primeiros estudos sociológicos sobre juventude foram realizados na década de 1920 e 1930, na cidade de Chicago nos EUA e tinha por temática a delinqüência juvenil. O estudo da sociologia focará na idéia de juventude e não de adolescência, pois mais interessa para sociologia os comportamentos de uma geração do que uma fase de desenvolvimento do individuo, as sociologia só vai se interessar pelo que for construção humana.

O comportamento da juventude na sociedade contemporânea ocidental toma novos moldes principalmente a partir da década de 60 e 70, com o surgimento de novas tendências culturais intituladas de contra-cultura. A partir dos comportamentos juvenis diferenciais surge um conflito de idéias entre a juventude e as gerações anteriores.

Nos anos 60 e 70, a juventude começou a ser considerada e analisada como suporte de uma cultura radicalizada, rebelde e conflituosa, a mesma procura afirmar uma autonomia em relação ao mundo dos adultos. Em parte, alguns movimentos juvenis induziam generalizações abusivas ao conjunto da juventude.

Nesse período, podemos destacar a ação do movimento hippie, que se contrapôs aos valores morais de sua época pregando ideais de “paz e amor”, criticando a sociedade de consumo e realizando intensa oposição à Guerra do Vietnã. Embalados pelo prazer, o uso de alucinógenos e o rock’n’roll mostraram um novo lugar para a juventude.

Muitos outros padrões de comportamentos viriam a surgir e se tronarem estandartes de suas gerações, como o movimento Punk, e atualmente as novas tribos urbanas como os Góticos e Emos, que trataremos em outros textos.

sábado, 24 de abril de 2010

Sociologia da Religião

A sociologia é uma ciência teórica que toma como objeto tudo o que for construção humana: a cultura, a arte(em todas as suas formas de expressão), a política (e a politicagem também), as ideologias, o gênero e suas representações sociais, assim como os papeis sociais, a religião, a cidade, o campo, as gerações e etc.

Um ramo da socióloga bastante discutido é a sociologia da religião. A sociologia da religião busca discutir as formas como a religião encorpada como uma instituição social influencia e é influenciada pelos agentes sociais que a constrói. Além de influenciar a sociedade e ser influenciada por ela, na sua forma de instituição social (a igreja), a religião toma proporções fora da sua forma convencional de representação, esse manifestando dentro de varias das instituições contidas dentro da sociedade, como a família, o trabalho e até no próprio estado.

Um dos primeiros sociólogos a tratar da sociologia da religião foi o alemão Max Weber com o seu Clássico: A ética protestante e o espírito do capitalismo, onde o mesmo trata de como a ética das religiões protestantes influenciava na formação dos países capitalistas mais desenvolvidos.

Além de Max Weber, o Frances Emile Dukheim fez da religião seu objeto de estudo, em uma de suas ultimas obras, as formas elementares da vida religiosa, onde o mesmo trata do fenômeno religioso buscando tratar a partir da vida da religião de aborígenes australianos.

Logo após muitos cientistas sociais se debruçaram sobre o assunto, dentre eles; M.Mauss, E.Gellner, E.Leach e P.Berger. Atualmente vários processos de transformações do contexto religioso mundial, como o sincretismo, a presença do sagrado e do profano no cotidiano humano, as novas religiões e novas formas de prática religiosa, o “estado laico” e o fundamentalismo religioso amplia cada vez mais o campo da sociologia da religião.

Beethoven Simplíco Duarte

segunda-feira, 19 de abril de 2010

O Derby Politico

Lazio e Livorno são dois times italianos que promovem um dos mais espetaculares clássicos do futebol mundial, o clássico diferenciasse de vários outros de altíssima tradição como: Palmeiras e Corinthias; Flamengo e Vasco, Boca Juniors e River Plate, Internacionale e Milan ou Brasil e Argentina pelo fato deste ter o ingrediente da ideologia politica como tempero especial.

A Sociedad Sportiva Lazio é conhecida tradicionalmente na Itália como o "time do Dulce", fazendo referencia ao ditador fascista Mussolini, que por sua vez, era um torcedor da Lazio. Dentro da tradição de boa parte dos torcedores da Lazio há uma cultura facista. Já a Associazione Sportiva Livorno Calcio é o time dos partidários comunistas, criado por trabalhadores de tendência esquerdista.

A Lazio se demonstra como um dos cinco principais times de futebol da Itália (ao lado de Milan, Internacionale, Juventus e Roma) já a Livorno é um time intermediário, com pouca tradição e oscilante entre a segunda e a primeira divisão. Apesar das diferenças de status dentro do futebol propriamente dito, ambos os times proporcionam um espetáculo ideológico quando se enfrentam, chamado de "Derby político".

No Derby Político os times se tornam iguais, as torcidas exibem seus emblemas, de uma lado os nazi-fascistas torcedores da Lazio exibem suásticas Nazistas, cantam hinos fascistas e músicas em homenagem a Mussolini. do outro lado, os comunistas da Livorno exibem foices e martelos, bandeiras da URSS e Rostos de Che Guevara.


Em cima o jogador da Livorno Tomas Lucarelli comemorando um gol com o punho fechado, em sinal de saldação comunista, em baixo o atacante da Lazio Di Canio, fazendo saudação Nazista após marcar um gol contra a Livorno.

torcida da Livorno

Torcida da Lazio

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Principais Doutrinas socio-economicas modernas.

Doutrina

Propriedade

Principais Teóricos

Liberalismo.

Privada.

Adam Smith.

Neo-Liberalismo.

Privada.

Rüstow, Roosevelt.

Socialismo utópico.

Estatal.

Saint-Simón, Fourier.

Socialismo científico.

Estatal.

Karl Marx, Friedrich Engels.

Comunismo.

Bem Comum.

Karl Marx, Lenine.

Anarquismo.

Critica a formas de poder e de propriedade.

Bakunim.


Aqui está postado as principais doutrinas sócio-econômicas de nosso tempo.
O liberalismo e neoliberalismo como representantes mais fiéis do capitalismo defendendo o livre mercado e a propriedade privada são consideradas as principais doutrinas de direita (veja Esquerda direita? nesse blog). A diferença crucial entre ambas é a forma como o estado atua, como o próprio nome sugere o liberalismo surgiu antes, e defendia o total afastamento do estado da economia, principalmente com as ideias de Adam Smith em A riqueza das nações. após as primeiras crises do sistema capitalista os liberalistas começaram a teorizar sobre a prensença do estado para garantir a livre concorrência, a liberdade de mercado e a propriedade privada.
Em resposta ao mundo capitalista que oprimia o proletariado, muitas doutrinas surgiram para encher de esperança os corações do proletário, eram as doutrinas de esquerda. Primeiramente os socialistas Franceses como Saint-Simón e Fourier, que acreditava na construção de uma sociedade igualitária e sem o direito da propriedade particular. No entanto somente com Karl Marx a teoria socialista se consolidou de fato, através do socialismo cientifico. Na sua obra Marx vai diferencia o socialismo cientifico, como um socialismo revolucionário do socialismo francês, esse ele chama de Socialismo utópico.
Para Marx, o Socilaismo é uma fase de transição para o Comunismo, onde estaria uma sociedade justa de fato, onde a propiedade estaria nas mãos do Bem comum (veja O manifesto do Partido Comunista, nesse blog). no comunismo a coesão trabalharia para um bem comum, diferente do Anarquismo defendido por Bakunin, onde não haveria nehuma forma de hierarquia ou coesão, no entanto, não representa uma falta de ordem, mas uma falta de hierarquização não esclarecida.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Manifesto do partido comunista de 1848

“Um fantasma ronda a Europa, o fantasma do Comunismo”, com esta frase Karl Marx e Friedrich Engels inicia o Preâmbulo de um documento que teria a intenção de Unir os trabalhadores do mundo em prol de um bem comum, a revolução.

Através deste documento – o manifesto do Partido Comunista de 1848 – Marx e Engels teceram suas criticas e elogios ao capitalismo, demonstrando também os aspectos de uma nova doutrina, o comunismo. Além da dessa obra clássica, a parceria de Marx e Engels já havia rendido outra obra importantíssima para a sociologia atual: A ideologia alemã.

O grande referencial teórico do manifesto do partido comunista está no que se diz sobre o socialismo cientifico, onde os autores estabelecem uma diferenciação entre o socialismo aqui citado e o socialismo utópico de Saint-simon. Enquanto os Franceses do socialismo utópico acreditavam em uma evolução da humanidade para se chegar ao comunismo pleno, os Alemães pensavam que só através de uma revolução do Proletariado o socialismo poderia ser imposto. Nesse processo seria abolida a propriedade privada, o direito de herança e transformando o trabalho atual, tirando toda a conotação que o trabalho recebe atualmente e implantando uma ditadura provisória por parte da classe proletária.

sábado, 27 de março de 2010

Coesão Social e Caso Nardoni.

Recentemente a mídia tem focado extremamente um caso que trouxe muita indignação ao país, o famoso caso Nardoni, onde uma menina de 5 anos morreu após cair da janela do apartamento onde morava no sexto andar de um prédio. Com o começo das investigações todas as provas se voltaram ao pai e a madrasta, e a mídia fez seu papel de “divulgar”, tal divulgação se tornou intensiva e o caso tomou uma proporção imensa, proporção essa que tornava impossível ligar a televisão e não assistir à noticias sobre o caso Isabella Nardoni.

O povo brasileiro clamou por justiça, os culpados estão presos! O pai da vitima, e autor principal do delito pegou a pena máxima do país - 30 anos de cadeia – ou melhor oito em regime fechado ou seja – 8 anos de cadeia. Mas será que se o caso não tivesse tomado esta proporção que a mídia concebeu teria ocorrido o mesmo efeito?

Primeiramente não podemos trabalhar com “se”, só trabalhamos com fato. Em segundo lugar e mais importante de se pensar é que ocorreu uma fortíssima coesão social por parte da mídia, e como toda coesão essa também tem por finalidade a promoção da união e moralidade da sociedade.

Mas até que ponto essa coesão é boa ou é ruim?

Oh! E agora? Quem poderá nos defender?

Beethoven Simplício Duarte.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Esquerda ou Direita?

Esquerda ou direita? Pra que lado eu vou? Na política este questionamento tem muito poder. Esquerda e/ou direita se diz respeito a posicionamento ideológico na política, é a divisão clara entre quem se posiciona do governo, ou seja da situação (direita) e quem crítica o poder (esquerda).

Tais termos surgem no período da revolução Francesa de 1789, quando no parlamento nacional se dividia desta forma onde a burguesia enfrentava dentro da Assembléia a oposição da aristocracia, cujos deputados ocupavam o lado direito de quem entrava no recinto de reuniões, e também dos democratas, que ocupavam o lado esquerdo, as maiores dificuldades estavam fora da Assembléia. À extrema direita, o rei e a aristocracia se recusavam a aceitar qualquer compromisso. À extrema esquerda, a pequena e média burguesia sentiam-se lesadas e enganadas.

O Iluminismo trouxe varias questões de posicionamento e o surgimento das doutrinas sócio–econômicas, dentre elas o socialismo e o liberalismo econômico, fundamentais para a consolidação das demais doutrinas sócio-econômicas modernas enquanto doutrinas.

Para nós entendermos estas duas doutrinas deveremos partir da principal diferença de ambas, o liberalismo econômico defende por principio o livre mercado e o direito a propriedade privada, tais características de pensamento surge junto com as revoluções burguesas do séc. XVII e XVIII (revolução Mercantil, Revolução francesa e revolução Industrial).

Todos os ideais liberais (livre mercado e o principio da propriedade privada) são frutos de um pensamento classicista burguês, onde procura legitimar sua posição como classe dominante. Pelo contrário, a classe trabalhadora, assim como boa parte da nobreza que perdera o poder idealiza outra teoria sobre a sociedade; pautada na possibilidade de um estado mais justo, onde a classe proletária pudesse tomar o poder e eliminar a propriedade privada, passando os meios de produção às mãos do estado, tal teoria se reconhece como socialismo.

Beethoven Simplício Duarte.

quarta-feira, 17 de março de 2010

A ética Protestante e o espírito do capitalismo

Considerado a grande obra de Weber, “A ética protestante e o espírito do capitalismo” é nada mais nada menos do que um dos livros fundamentais para o estudo da teoria sociológica clássica.

Max Weber, como um dos teóricos que se debruça sobre o problema da elaboração de uma nova ciência quanto a seu método e seu objeto, preocupasse também com o fato da ciência ser legitimada como tal, na introdução de sua obra ele diz: “Apenas no ocidente existe a ciência num estágio de desenvolvimento considerado valido”.

Weber é o primogênito de oito filhos, membro de uma família protestante, sua mãe uma mulher introspectiva e altamente moralista, seu pai era jurista e político, Weber possui uma vasta formação, passando pelo campo do Direito, filosofia, teologia e história.

Apesar de ser contemporâneo de Durkheim, não há registro que os dois tenham se conhecido, já Karl Marx, que não conhecera Weber pelo fato de ambos terem pertencido a gerações diferentes foi, no entanto fruto de bastante discussão, quanto ao fato de ambos trabalharem sobre o tema da florescência do capitalismo principalmente no estado alemão que é seu estado de origem.

Nesta obra a história do capitalismo é contada a partir do desenvolvimento da ética protestante. Esta ética, surgida no contexto da Reforma protestante como crítica do Catolicismo, propunha uma forma de religiosidade diferente, mais espiritualizada.

O ponto principal de divergência entre a ética protestante e a católica está em sua concepção de salvação: ao contrário das doutrinas católicas, o protestantismo não considera que as boas ações do sujeito como a caridade possam importar em sua salvação como fator fundamental. Ao contrário, esta salvação está garantida ou não por Deus, independentemente do comportamento do sujeito, a base da salvação está contida no fato de reconhecer Deus como salvador.

Os desígnios divinos estão absolutamente fora do alcance de qualquer ser humano. Entre Deus e os homens, não há qualquer mediação - mesmo a Igreja não possui qualquer contato especial com Ele. Daí porque também, no protestantismo, toda vida religiosa que antes era coletiva (na Idade Média católica) torna-se essencialmente individual.Nesse sentido, o protestantismo:

1. Separa radicalmente o homem de Deus, já que os desígnios dele não podem ser conhecidos pela limitada mente humana;

2. Desenvolve a teoria da Predestinação (já que não podemos agir moralmente e assim garantir a salvação, só podemos imaginar que alguns são predestinados à salvação, embora não possamos nos certificar de quais são os escolhidos);

3. Como substituto à idéia católica das boas ações que garantem a salvação, cria-se a idéia de que o sucesso na vida mundana é um sinal de que se é predestinado. Com isso, o protestantismo cria uma ética inteiramente nova: a ética do trabalho.

Beethoven Simplício Duarte.

domingo, 7 de março de 2010

Sociedade como sacrificio

Basta passar os olhos pelo noticiário ou observar a vida cotidiana para notar que algo desafina no plano das instituições. A insatisfação com elas é difusa. O mal-estar dentro delas, indisfarçável. Elas nos desagradam, aborrecem-nos ou não nos inspiram confiança, seja na política (partidos, Casas legislativas), na educação (escolas, universidades) e na segurança pública (polícia, presídios), seja na economia (empresas, mercados) e na vida associativa primária, na família.

Precisamos de sociologia para discutir o ponto. Não dá para achar que as instituições falham porque são defeituosas, mal dirigidas ou mal organizadas.

Nossa época está atravessada por três processos que se superpõem, potencializando a globalização, a conectividade geral e o ritmo veloz que imperam por toda parte. As sociedades modernas estão sendo gradativamente reconfiguradas, antes de tudo, pela individualização: os indivíduos se "soltam" dos grupos, que sobre eles exercem cada vez menos poder e controle. Soltando-se dos grupos, soltam-se também das instituições. A individualidade tornou-se um valor inestimável, tanto no sentido da privacidade quanto no sentido da "autonomia moral", do pensar e decidir com a própria cabeça. E muitos desses indivíduos individualizados se tornam individualistas, egoístas, indiferentes aos demais.

Individualização, individualidade e individualismo tornaram-se, assim, condições estruturais. Combinados com os demais traços da época, explicam muitos dos dilemas associativos atuais, que refletem um quadro de "dessolidarização". As instituições não funcionam bem porque não conseguem incluir, congregar e coordenar os indivíduos, que delas escapam ou a elas se tornam indiferentes. Os indivíduos necessitam delas, mas são levados a viver como se seguissem uma carreira-solo, alheios a vínculos e compromissos coletivos.

Nem sequer na dimensão privada da vida as coisas estão ajustadas. O alto índice de divórcios, os crimes passionais hediondos e os novos formatos de família e relacionamento revelam que certos equilíbrios foram perdidos, mas também sugerem a presença de um maior desejo de liberdade. Conservadores e tradicionalistas, com maior ou menor dose de ingenuidade, acreditam que tudo se deve à degradação dos costumes, que se recuperariam caso a ordem e o rigor moral voltassem a prevalecer no seio das famílias. Para eles, o desejo de liberdade é subversivo e precisa ser contido.

Devemos pensar com cuidado. A vida coletiva não se esgotou, nem as pessoas e os grupos andam às tontas pelo mundo. Todos sabem que uns precisam dos outros e que todos precisam de limites e coordenação, mas a tendência prevalecente indica que o poder das instâncias coletivas se reduziu. Ele continua a existir, evidentemente, mas não porque o coletivo forneça direção e identidade a seus integrantes ou aumente a potência deles como sujeitos, e sim porque lhes possibilita reforçar demandas e posições.

Ao perderem o hábito de valorizar o coletivo, as pessoas tendem a se ver mais como "vítimas" do que como beneficiárias da vida em sociedade. Elas estão, de fato, sobrecarregadas de pressões e de problemas e não têm muito com quem dividir isso. Nem sequer o trabalho e o emprego - esses trunfos categóricos do gênero humano - conseguem hoje organizar as pessoas. É compreensível que sintam o coletivo como um fardo, que se deve suportar com abnegação ou asco.

A vontade de ser livre e independente, de pensar com autonomia e criar as próprias regras, introjetou-se na consciência social. Ganhou impulso com as transformações que vêm atingindo as sociedades contemporâneas. Animada e embaralhada pela possibilidade que se tem hoje de se fazer tudo, ou quase, acabou por dissolver a percepção do social.

Mas a vida coletiva continua a existir e, nessa medida, continua a exigir que se aceitem regras e se coopere. Isso implica ao menos duas coisas.

Numa dinâmica tradicional, ou estruturalmente autoritária, implica o sacrifício do indivíduo e de seus desejos, o silêncio e o bloqueio de sua mobilidade. O grupo prevalece unilateralmente sobre as pessoas, monitorando-as sem apelação. É um sacrifício imperceptível, mas nem por isso menos real, já que o indivíduo nem imagina a possibilidade de escapar à regra e sofre as limitações como um "fato natural".

Numa dinâmica social moderna, diferenciada e democratizada, como a nossa, implica o sacrifício do individualismo, a capacidade de compreender o todo, assumir as próprias responsabilidades e contribuir para a organização justa do coletivo. Os indivíduos prevalecem sobre os grupos, porque podem fazer escolhas sem consultá-los ou pedir licença. É um sacrifício complexo, consciente e responsável, que exige altas doses de reflexividade, espírito cooperativo e disposição para o diálogo, sob pena de projetar a comunidade para o caos ou a impotência.

Aceitar a presença de minorias ideológicas ou corporativas, por exemplo, exige o sacrifício da vontade de potência das maiorias, silenciosas ou não, do mesmo modo que a liberdade de ação das minorias exige, da parte delas, o respeito às regras básicas de convivência e aos direitos dos indivíduos. O reconhecimento do direito de uns pressupõe o igual reconhecimento do direito de outros.

Encontrar um ponto de equilíbrio entre essas dimensões - o coletivo e o individual, as regras e a liberdade - é um desafio permanente, que se mostra tanto mais complicado quanto mais as sociedades se diferenciam e se individualizam. Em sociedades desse tipo não se pode vencer categoricamente, com a marginalização dos dissidentes, e nenhuma conquista pode ser obtida na base da força ou da violência (física ou verbal). A argumentação persuasiva, a tolerância e a ação política inteligente são os únicos recursos dos sujeitos políticos. Nelas, a ordem silenciosa e o ruído caótico bloqueiam a democracia e funcionam como empecilhos igualmente perversos para a mudança.

Marco Aurélio Nogueira

quarta-feira, 3 de março de 2010

Positivismo


"Amor como princípio e ordem como base; o progresso como meta", esta frase lhe lembra alguma coisa? O que? Parece com nossa bandeira nacional não é? “Ordem e Progresso”. Não é mera coincidência, o positivismo influenciou bastante a construção do estado nacional brasileiro, mas afinal o que é positivismo?

Positivismo é uma doutrina de pensamento que tem como uma de suas principais características a utópica busca de verdades absolutas através do rigor do método.

O principal expoente do positivismo fora Auguste Comte, considerado por muitos o pai da sociologia, o mesmo desenvolveu o método positivo que consiste basicamente na realização da observação dos fenômenos, onde todo ou qualquer racionalização, crença ou outros tipos de ideologia estariam descartados e o que importaria era os dados positivos, ou seja o que é concreto, material ou sensível.

Auguste Comte pensava no conhecimento através de três estágios, que se dividem segundo uma ordem de evolução crescente: teológico, ou seja, o conhecimento ligado a religião e a seus dogmas incontestáveis; metafísico – que representa o conhecimento oriundo da razão e da filosofia; e por fim e segundo Auguste Comte o estágio mais evoluído do conhecimento – o estágio positivo – que representa a visão da ciência positivista.

Hoje, o positivismo se torna um tanto inconveniente se pensar na sociologia, pois na pesquisa sociológica não há verdades absolutas.

Beethoven Simplício