terça-feira, 4 de maio de 2010

Gerações

Já parou pra pensar que quando nascemos tudo já estava pronto? Da roupa que iríamos usar nos primeiros dias de vida ao leite materno ou a religião que iríamos seguir, ou que queriam que seguisse. Tudo isso só é possível por conta das gerações que existiam antes de nós, não somente nossos pais e nossos avôs, mas todos os que constroem nossa cultura a milhares de anos.

Quando nascemos, começamos a ser inseridos dentro de uma cultura, aprendemos onde devemos realizar nossas necessidades fisiológicas, aprendemos um idioma, aprendemos que devemos brincar com bonecas ou carrinhos, aprendemos que temos hora de dormir, brincar, estudar e etc.... No entanto não perguntaram a nós se queríamos aprender isso ou não.

Por conta disso, surge um conflito de gerações. Para que entendemos melhor o que seria o conflito de gerações, primeiro gostaria de tratar da definição de termos, como “Adolescência” e “Juventude”. O termo adolescência tem referencia na psicológica, e se diz de uma fase da vida do individuo, já o termo juventude faz referência a possibilidade de se estudar sociologicamente a partir de padrões de comportamentos típicos de um grupo social, normalmente ligado a adolescência. Os primeiros estudos sociológicos sobre juventude foram realizados na década de 1920 e 1930, na cidade de Chicago nos EUA e tinha por temática a delinqüência juvenil. O estudo da sociologia focará na idéia de juventude e não de adolescência, pois mais interessa para sociologia os comportamentos de uma geração do que uma fase de desenvolvimento do individuo, as sociologia só vai se interessar pelo que for construção humana.

O comportamento da juventude na sociedade contemporânea ocidental toma novos moldes principalmente a partir da década de 60 e 70, com o surgimento de novas tendências culturais intituladas de contra-cultura. A partir dos comportamentos juvenis diferenciais surge um conflito de idéias entre a juventude e as gerações anteriores.

Nos anos 60 e 70, a juventude começou a ser considerada e analisada como suporte de uma cultura radicalizada, rebelde e conflituosa, a mesma procura afirmar uma autonomia em relação ao mundo dos adultos. Em parte, alguns movimentos juvenis induziam generalizações abusivas ao conjunto da juventude.

Nesse período, podemos destacar a ação do movimento hippie, que se contrapôs aos valores morais de sua época pregando ideais de “paz e amor”, criticando a sociedade de consumo e realizando intensa oposição à Guerra do Vietnã. Embalados pelo prazer, o uso de alucinógenos e o rock’n’roll mostraram um novo lugar para a juventude.

Muitos outros padrões de comportamentos viriam a surgir e se tronarem estandartes de suas gerações, como o movimento Punk, e atualmente as novas tribos urbanas como os Góticos e Emos, que trataremos em outros textos.

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