quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Capitalismo


Desde o processo histórico da produção feudal (e o sistema econômico do mesmo) para o capitalismo, vimos serem manifestadas várias mudanças em nossa sociedade, desde o sistema econômico, modo de produção, símbolos com os quais a sociedade contemporânea valoriza e até mesmo adquiri uma força descomunal a ponto de mudar o modo de vida das pessoas, e não só o modo de vida, mas também a maneira de vê a vida em si.

O capitalismo se caracteriza principalmente pelo privilegio da individualidade através da propriedade privada, além da ideologia do livre mercado, ou seja, a economia crescente independente do estado e da exploração dos homens.

Os valores atuais estão postos nem sempre ou quase nunca de maneira explicita pelo capitalismo, até porque iriam contra sua lógica essa tal clareza do capital, onde a grande massa abraça a ideologia implementada pelo capitalista sem o mínimo critério de uma explicação clara do porque, por exemplo: “eu trabalho tanto e não tenho nada!”. Perguntas como estão em milhões de proletários pelo mundo, onde esses mesmo proletários fazem parte daquela mesma massa de indivíduos, no qual os próprios são os consumidores, e que os mesmo valorizam a lógica do capital implicitamente sem nenhuma reflexão, passando por um processo chamado de ADESÃO. A forma como é construída a ideologia capitalista, tem o seu maior apoio nos grandes meios de comunicação como: televisão, rádio e Internet. E a sua elaboração passa por um processo de propaganda continua, ou seja, repetida várias e várias vezes diariamente, o meio especulativo através do mercado econômico, bolsa de valores e até mesmo os jogos de azar; jogos do bicho, loterias, alimentam ainda mais a propagação desse sistema, onde o “jogador” que em sua maioria é a classe proletária (salve a lembrança de Karl Marx), se vê a ganhar em um desses jogos para adquirir a tal riqueza tão sonhada e alimentada pelo sistema.

Podemos exemplificar esse sistema econômico com tais ditos: “tempo é dinheiro”, “a parte mais feia do seu corpo é a sua mente” (Frank Zappa), “quem controla o passado controla o futuro, quem controla o presente controla o passado” (George Orwell). O capitalismo por si mesmo será destruído (salve a lembrança de Karl Marx), mas o que vemos é a sua mutação ou como alguns dizem, que estamos vivendo sua metáfase, e que agora ele (o capitalismo) saiu da fase embrionária.

Para argumentar essa mutação, alguns teóricos afirmam que o capitalismo possui cinco fases: Capitalismo mercantil ou pré capitalismo, onde a produção começa a destinar-se a trocas e não apenas a uso imediato; capitalismo comercial caracterizado pelo trabalho assalariado e a concentração do lucro sobre os comerciantes; capitalismo Industrial, caracteriza-se pela crescente industrialização e diminuição do trabalho artesanal; capitalismo financeiro, onde o sistema bancário e especulativo começa a ganhar destaque; e capitalismo informacional ou atual, onde as ações e as bolsas começam a se destacarem.

Bom onde vamos chegar sinceramente não há como saber, colocar-se contra é um passo importante, onde com certeza sofreremos as conseqüências, não só por meios ideológicos, mas no meio social também. Mas à medida que somos sabedores de fato dessa decisão estaremos a fazer a coisa certa.

“Os que protestam contra o livre comércio não são amigos dos pobres. Quem protesta contra o livre comércio nega a maior esperança deles de saírem da pobreza.”

George W. Bush

“É por meio da crítica onde o ser humano conhece a realidade na qual ele está inserido.”

Karl Marx

Michael Marques. (adaptado por Beethoven Simplício)

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Karl Marx


“A história da humanidade é a história da luta de classes”, esta celebre frase retrata bem a sua proposta: o Materialismo Histórico – que também afirma que a consciência humana é construção das condições materiais.

Marx é reconhecido como um teórico do conflito, pois seus principais estudos se dão a despeito da luta de classes, o mesmo se debruça sobre a sociedade que vive num momento especial, ou seja, a Europa no efervescer do capitalismo, e sobre duas classes em especial, a burguesia – Detentora dos meios de produção, e o proletariado – detentor apenas da força de trabalho.

Mas o que seria estas classes que tanto falamos? As classes sociais são grupos humanos dentro de uma mesma sociedade que apresenta uma característica e status comum relevantes a sua posição econômica e no plano do trabalho.

Voltando a pensar as classes sociais que Marx privilegia em seu trabalho (Proletariado e Burguesia), vejamos que o autor afirma que esta relação é de dominado e dominador, e que as condições materiais do proletariado o faz por vez a classe essencialmente revolucionaria, ou seja, as condições materiais do proletariado constroem suas consciência.

Marx faz uma critica ferrenha ao capitalismo, apesar de elogiá-lo, Marx acredita que a burguesia, classe revolucionária que destruí todas as relações feudais do passado e grande responsável pelo advento do capitalismo e manutenção do mesmo, promove o desmantelo das relações familiares do proletariado.

A burguesia obstante em seu papel cria relações de trabalho onde o proletário vende sua força de trabalho, em troca disso o mesmo recebe uma parte da produção, o resto fica para o burguês, como também o proletário não recebe por todo o seu trabalho.

Beethoven Simplício Duarte.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Max Weber

Maximillian Carl Emil Weber, ou simplesmente Max Weber nasceu na Alemanha em 1864 e morreu em 1920. é considerado um dos fundadores da sociologia enquanto ciência.

Max Weber é considerado um teórico interacionista, ou seja, pertencente a corrente de pensamento intitulada de interacionismo que acredita na produção do conhecimento como um processo de interação e mutuamente construído, não só o pesquisador ou o agente adquirirão conhecimentos, mas também o objeto de pesquisa, o mesmo acontece na sociedade às pessoas relacionam-se e constantemente estão sendo a mesma através da ação.

Mas não é qualquer ação que interessa o sociólogo, segundo weber a ação realmente importante para a sociologia é a ação dotada de intenção, tal intenção está carregada de valores, tal intenção deve ser pensada, esta ação é chamada de ação social. Este tipo de ação deve levar em consideração as ações futuras que possam ocorrer.

Para classificar as ações, Weber usa-se de tipos puros, que é uma espécie de interseção entre tal objeto, por exemplo: para se pensar o que é um estudante temos que procurar a(s) característica(s) mais gerais entre todos os estudantes.

O autor enumerou tipos puros de ação social que são quatro:

  • Ação tradicional – que se dá por costume ou habito.
  • Ação efetiva - que se dá por questões de humor e emocional.
  • Ação racional à valores – com um planejamento orientado por princípios de quem faz.
  • Ação racional à fins – com planejamento e orientado por resultados alcançados a partir de sua realização.

Beethoven Simplício Duarte.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Emile Durkheim

Importante sociólogo francês de tradição positivista, Durkheim foi o pai da escola francesa de sociologia posterior ao alemão Karl Marx e contemporâneo a Max Weber.

O positivismo é uma tradição cientifica que acredita na objetivação do método e conseqüentemente na obtenção de um conhecimento puro através desse processo, como podemos ver nessa citação do autor:

“Se existe um ponto fora de dúvida atualmente é que todos os seres da natureza, desde o mineral até o homem, dizem respeito à ciência positiva, isto é, que tudo se passa segundo as leis necessárias”

Durkheim unia a pesquisa empírica com a teoria sociológica, ou seja, foi fundamental para elevar a sociologia a caráter de ciência, sempre buscando a construção de um método para a sociologia, esse esforço de Durkheim está evidente no seu livro As regras do método sociológico(1895).

Durkheim, como um pensador positivista construiu o método sociológico baseado no método das ciências naturais, pois para ele a sociedade pode ser comparada com um corpo humano.

Uma das maiores contribuições do pensamento de Durkheim para a sociologia é a idéia de fato social e anomia, para o autor fato social é todo fato que exerce coerção sobre o individuo, é exterior a sua vontade e é generalizado em toda a sociedade, quando é fato social foge dos padrões ele se torna uma anomia.

Em seu livro o suicídio(1897). Durkheim emprega este termo para mostrar que algo na sociedade não funciona de forma harmônica. Algo desse corpo está funcionando de forma patológica ou doente.

A obra sociológica de Durkheim é um exemplo de obra imperecível, aberta não a reformulações, mas a continuidades – e que marca a etapa mais decisiva na consolidação acadêmica da Sociologia. Sua maior qualidade é talvez a prioridade do social na explicação da realidade natural, física e mental em que vive o homem. Essas qualidades que se exigem de um clássico estão presentes por toda sua obra. Apesar de suas raízes no tempo em que viveu, a obra de Durkheim – respondendo a preocupações da sociedade e da Sociologia de sua época – constitui um modelo do produto sociológico, cujo consumo não se esgota na leitura, mas continua a fruir nos produtos de seus discípulos e leitores.

Beethoven Simplício Duarte.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Pré-supostos da formação da sociologia.

No final do século passado, o matemático francês Henri Poicaré referiu-se à sociologia como ciência de muitos métodos e poucos resultados. Ele poderia até está correto, se não levasse em consideração que muitos dos resultados da sociologia se dão em longo prazo. Ao que tudo indica, atualmente poucos duvidam dos resultados alcançados pela sociologia. A sua realidade é atestada pelas inúmeras pesquisas dos sociólogos, pela sua presença nas universidades e empresas e nos organismos estatais.
A falta de um entendimento comum entre os sociólogos sobre a sua ciência possui, em boa medida, uma relação com a formação de uma sociedade dividida pelos antagonismos de classe. A existência de interesses opostos na sociedade capitalista penetrou e invadiu a formação da sociologia. Este contexto histórico influenciou enormemente suas visões sobre como deveria ser analisada a sociedade, o que refletiu também no conteúdo político de seus trabalhos. Este antagonismo deu origem ao aparecimento de diferentes tradições sociológicas.
Não podemos esquecer que a sociologia surgiu num momento de grande expansão do capitalismo e por isto mesmo alguns sociólogos otimistas assumiram, diante da sociedade capitalista nascente, que os interesses e os valores da classe dominante eram representativos do conjunto da sociedade e que os conflitos entre as classes sociais eram passageiros.
As transformações econômicas, políticas e culturais ocorridas no século XVIII, como as Revoluções Industrial e Francesa, colocaram em destaque mudanças significativas da vida em sociedade com relação a suas formas passadas, baseadas principalmente nas tradições.A Sociologia surge no século XIX como forma de entender essas mudanças e explicá-las. No entanto, é necessário frisar, de forma muito clara, que a Sociologia é datada historicamente e que o seu surgimento está vinculado à consolidação do capitalismo moderno.
Esta disciplina marca uma mudança na maneira de se pensar a realidade social, desvinculando-se das preocupações especulativas e metafísicas e diferenciando-se progressivamente enquanto forma racional e sistemática de compreensão da mesma.Assim é que a Revolução Industrial significou, para o pensamento social, algo mais do que a introdução da máquina a vapor. Ela representou a racionalização da produção da materialidade da vida social.
Muitos dos principais contribuintes para a formação da sociologia são oriundos de uma corrente de pensamento comum: o positivismo; que se diz da corrente de pensamento que acreditava que era possível observar a vida social e reunir conhecimentos confiáveis sobre seu funcionamento, tais conhecimentos eram por sua vez usados para afetar o curso da história e melhorar a condição humana, o maior expoente dessa corrente de pensamento é Augusto Comte (1758 - 1857) , considerados por muitos como o pai da sociologia que o mesmo batizou de Física Social.
Mas não só de positivismo se constitui a sociologia, muitas outras correntes ajudam a formar a sociologia como conhecemos hoje, como a Dialética de Karl Marx, o positivismo analítico de Durkheim e a matriz teórico metodológica de Weber.

Beethoven Simplício Duarte.

Pré-supostos para a sociologia brasileira

1. O período dos pensadores sociais ou Pré-científico.
O período dos Pensadores Sociais, também chamado por alguns autores de período pré-científico, corresponde historicamente ao período que se estende das lutas pela Independência das nações latino-americanas até o início do século XX. Durante esse período a elaboração de teoria social tendeu a ser desenvolvida por pensadores e mesmo homens de ação (políticos), sob a influência de idéias filosófico-sociais européias ou norte-americanas como, por exemplo, o iluminismo francês, o ecletismo de Cousin, o positivismo de Comte, o evolucionismo de Spencer e Haeckel, o social-darwinismo americano de Sumner e Ward e o determinismo biológico de Lombroso. Sob as influências desses autores buscava-se equacionar duas problemáticas centrais – a formação do Estado nacional, opondo liberais e autoritários,e a questão da identidade nacional, tendo como núcleo a questão racial opondo os que sustentavam uma visão racista e os inspirados pelo relativismo étnico-cultural.

2. A Sociologia de Cátedra
O período da Sociologia de Cátedra iniciou-se nos países latino-americanos em fins do século passado, quando cátedras de Sociologia foram introduzidas nas Faculdades de Filosofia, Direito e Economia. No Brasil, esse período teve início em meados da década de vinte, quando foram criadas as primeiras cátedras de Sociologia em Escolas Normais (1924-25), enquanto disciplina auxiliar da pedagogia, dentro do esforço democratizador do movimento reformista pedagógico. Neste momento, ocorreu a proliferação de publicações como os manuais e coletâneas para o ensino de Sociologia, os quais procuravam divulgar as idéias de cientistas sociais europeus e norte-americanos renomados, tais como Durkheim e Dewey, bem como idéias sociológicas acerca de problemas sociais como urbanização, migrações, analfabetismo e pobreza. Ao mesmo tempo, a questão da miscigenação racial no Brasil passou a ser tratada em uma perspectiva otimista como em Casa Grande e Senzala de Gilberto Freyre (2000).

Beethoven Simplício Duarte.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Pensando Sociologicamente

A Sociologia é o estudo cientifico da vida social humana, grupos e sociedades. É uma tarefa fascinante e constrangedora, na medida em que o tema de estudo é o nosso próprio comportamento enquanto seres sociais.
A esfera de ação do estudo sociológico é extremamente abrangente, podendo ir da análise de encontros casuais entre indivíduos que se cruzam na rua até à investigação de processos sociais globais (como, por exemplo o bate-boca entre torcedores de times rivais à migrações e as novas tecnologias de comunicação).
A maior parte de nós vê o mundo em termos das características das nossas próprias vidas, com as quais estamos familiarizados, isso chama-se senso comum. A Sociologia mostra que é necessário adaptar uma visão mais abrangente do modo como somos e das razões pelas quais agimos. Ensina-nos que aquilo considerado natural, inevitável, bom ou verdadeiro pode não o ser, e que o que tomamos como 'dado' nas nossas vidas é fortemente influenciado por forças históricas e sociais. Compreender as maneiras ao mesmo tempo sutis, complexas e profundas, pelas quais as nossas vidas individuais refletem os contextos da nossa experiência social é essencial à perspectiva sociológica.
Aprender a pensar sociologicamente é, em outras palavras, olhar mais além, significa cultivar a imaginação. Estudar Sociologia não pode ser simplesmente um processo rotineiro de acumulação de conhecimentos. Um sociólogo é alguém capaz de se libertar do quadro das suas circunstâncias pessoais e pensar as coisas num contexto mais abrangente. O trabalho sociológico depende da imaginação sociológica.

Beethoven Simplício Duarte.